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Diário de Viagem África do Sul com a Janaína

Em Kirra

Vá mais além do que os imperdíveis safáris na África!

Encante-se com uma população simpática e receptiva, com paisagens maravilhosas, com programas de estudo e voluntariado completos, com experiências inesquecíveis e momentos realmente únicos! Acompanhe a viagem de nossa consultora, Janaína Aguiar, à África do Sul e descubra mais sobre este país, que é um dos principais em rotas de intercâmbio no mundo!

Conclusões da Janaína sobre a África do Sul:

O que eu percebi depois desta viagem é que nada, nem ninguém, pode descrever exatamente o que sentimos quando estamos diante de um novo mundo! A África do Sul é um país de muitas belezas, com muita história e rica culturalmente. Não há quem não se encante com a Cidade do Cabo, com suas paisagens coloridas e vibrantes, o céu totalmente azul e com pouquíssimas nuvens.

Apesar de todos estarem cientes da existência de miseráveis favelas, da violência acima dos níveis esperados (ainda que o sentimento em relação à segurança na Cidade do Cabo seja acima da média do país), da separação ainda muito presente entre raças, das diferenças sociais, da dura história de quem viveu o Apartheid, Cape Town é limpa, calma, organizada e linda! Tão linda, que recebe pessoas dos cinco continentes, não só como visitantes, mas como pessoas que escolheram viver ali pelo resto de suas vidas.

Com todos com que tive a oportunidade de conversar, em sua maioria alunos de escolas de línguas, era visível a emoção ao expressar o quanto estavam gostando daquele destino e maravilhados com a diversidade de opções de passeios. Conversei também com algumas pessoas que foram para fazer voluntariado por um mês e acabaram estendendo o período, pois estavam muito apegadas com os projetos, felizes e realizadas com a oportunidade!

A escolha do destino no planejamento do intercâmbio é uma etapa fundamental, e tenho certeza que quem elege a Cidade do Cabo toma uma decisão sem chance de arrependimento! Pensando bem, uma única palavra que pode definir a África do Sul é fascinante!

*Para quem tem interesse em visitar o país, será um prazer para mim e para toda a equipe Kirra ajudar no planejamento. Conhecemos as escolas pessoalmente, detalhes sobre transporte, gastos, acomodações e muitas dicas que fazem a diferença!

22/04/13 a 25/04/13:

Esta semana, além de visitar as escolas, também estive em alguns lugares famosos de Cape Town!

Clifton bay está entre as dez melhores praias do mundo! Infelizmente só tive tempo de observar a bela paisagem, mas com certeza é um lugar ideal para relaxar! Muitos indicam a praia para assistir ao espetáculo do pôr-do-sol em um restaurante à beira-mar.

Camps Bay se parece bastante com algumas praias da Califórnia, pela longa orla com palmeiras, mansões, carros importados desfilando pelas ruas e restaurantes de luxo! Um ponto ruim, que muitos comentam, é a dificuldade de encontrar um lugar para estacionar o carro. O ideal é pegar um táxi (aproximadamente uns 40 rands saindo de Sea Point) – isso mesmo, vão se programando. =)

Signal Hill é um dos melhores lugares de Cape Town para ter uma visão panorâmica da cidade. Em minha opinião, o ideal é fazer a visita antes da Table Mountain, para não perder o encanto!

St. Georges Cathedral e o Parlamento ficam no centro de Cape Town, próximos também da biblioteca nacional, galeria de arte e do museu “District Six” (sobre o apartheid). Lugares interessantes para quem gosta de cultura e história!

Na terça, visitei as escolas do centro e aproveitei para conhecer a famosa Long Street, onde estão as principais baladas de Cape Town, para quem gosta de vida noturna, as opções são muitas! Os alunos saem quase todos os dias, geralmente a entrada não é cobrada e a cerveja mais famosa do local, Castle, custa 20 rands (aproximadamente R$5,00). também é famosa por aqui a Caramel Vodka!

Fui também ao V&A Waterfront, o maravilhoso porto da cidade, onde há uma infinidade de lojas, restaurantes, cinemas, roda gigante e também de onde saem passeios para ilhas e praias próximas. Um grande complexo turístico! Foi o primeiro lugar onde encontrei brasileiros. O melhor deste passeio foi ao sair do shopping, quando me deparei com mais uma linda paisagem!

Minha estada em Cape Town não seria tão maravilhosa sem a Table Mountain, com certeza um dos lugares mais lindos do mundo (realmente faz jus ao título de uma das sete maravilhas)! Estou com muita sorte, pois desde o dia que cheguei parou de chover e faz sol, então tudo o que vi hoje na Table Mountain ficou ainda mais lindo!

Falando em termos turísticos, todos estes lugares, sem nenhuma exceção, são muito seguros e fáceis de visitar. Para quem vem como estudante, é ainda melhor, pois a escola providencia todas as reservas para os alunos, além de poder fazer tudo em companhia de outras pessoas. Quem quer mais privacidade poder alugar um táxi, ou ainda optar pelo ônibus de turismo da cidade.

Na sexta-feira, o valor para a entrada (com bondinho de ida e volta) na Table Mountain cai para R95. Já nos outros dias o valor é de R205. O acesso a Table é muito fácil, fui de táxi e saindo de Sea Point gastei R80. Os demais pontos turísticos que citei não cobram entrada.

Os valores ficam ainda menores diante da emoção que você sente em um lugar tão incrível! Não tenho mais palavras para descrever as maravilhas dessa cidade! E ainda tem mais aventura a ser vivida!

20/04/13 e 21/04/13:

O penúltimo dia do tour foi de grandes contrastes! Pela manhã, fomos recebidos pelo líder da comunidade de Kayamandi, que nos mostrou outra face da África do Sul, a pobreza. Em compensação, passamos a tarde degustando vinhos e queijos em lindas vinícolas. Casas, se é que assim podem ser chamadas, construídas com qualquer tipo de material, crianças descalças andando em uma sujeira sem fim… O tour por Kayamandi não é muito surpreendente para nós, que somos brasileiros e também convivemos com esta triste realidade, mas é no mínimo difícil ver tudo isso de tão perto.

Entretanto, notei que apesar da grande miséria, muitas das favelas na África são coloridas, além do céu azul e as montanhas que estão sempre presentes, contribuindo com a paisagem. Não há tanta criminalidade como no Brasil e as crianças, aos nos verem, correm para abraçar e nos chamam de “teacher”, com a idéia de que somos voluntários.

Na comunidade de Kayamandi, todas as casas possuem energia e há uma livraria com acesso a internet gratuita e muitas opções de livros para empréstimo. Além disso, o governo está finalizando novas casas para boa parte dessas pessoas. Segundo o líder da comunidade, em menos de um ano todos terão uma vida mais digna com a entrega das novas casas.

A poucos minutos de Kayamandi chegamos à região das vinícolas. Para quem gosta de vinhos, a África do Sul é um excelente destino! Especialista nas uvas ‘pinotage’, o país conta com diversas vinícolas que oferecem degustações de vinhos, chocolates e queijos, uma maravilha! Os preços são bem menores que no Brasil. Por exemplo, um vinho aqui custa a partir de 45 rands.

No último dia do tour, fomos a Cape Agulhas, onde oficialmente Oceanos Atlântico e Índico se encontram, a região é super tranquila e os visitantes fazem uma caminhada de 20 minutos, aproximadamente, passando pelos dois oceanos.

Seguimos para Hermanus, praia famosa pelo espetáculo das baleias (nos meses de junho a novembro). Infelizmente não vimos nenhuma baleia, mas as paisagens do destino compensam a viagem.

O ultimo ponto que paramos foi Betty`s Bay, uma colônia de pinguins. Mais de 5000 desses animais vivem em Betty`s Bay, que reserva uma área especial para cuidar dos animais. Paga-se apenas 10 rands de entrada.

No caminho de volta para Cape Town fomos presenteados por lindas paisagens com direito a baleias e golfinhos! Pena que não pude fotografar, esses momentos são instantâneos…

19/04/13

Estou em um tour pela região de Western Cape com cinco alemãs (que vieram para a África do Sul fazer o programa de voluntariado) e um brasileiro que está estudando inglês. O motorista da van e também nosso guia é Sul-africano, chama-se ‘Aiza’.

Saindo de Sea Point pela manhã, em Cape Town, fomos em direção a Hout Bay, um lugar muito bonito onde ficam diversos barcos ancorados em uma paisagem colorida e vibrante. Como em todo ponto turístico, existem diversas opções para quem deseja comprar souvernis.

Também em Hout Bay, é possível fazer um mini cruzeiro para Duiker Island, onde é possível avistar centenas de leões marinhos e focas. O mini cruzeiro dura 45 minutos e custa 50 rands (aproximadamente R$10).

Mais alguns quilômetros rodando e chegamos a Chapman`s Peak Drive, onde há uma vista maravilhosa para o oceano e montanhas.

As estradas nesta região são bem asfaltadas e com informação, mas também sinuosas. É comum ver, além das vans e ônibus de turismo, muitas pessoas que alugam carro por conta própria e fazem seu próprio tour.

Cape of the Good Hope é um dos pontos mais visitados na região de Western Cape, faz parte do Table Mountain National Park. Além das maravilhosas paisagens, o local também possui rica fauna e flora. É possível fazer trilhas, almoçar, comprar souvenirs, fazer piquenique e, se tiver sorte, até avistar baleias! O único ponto negativo é que venta demais!

No caminho para Stellenbosch, onde dormimos, paramos para conhecer Muizenberg, uma praia linda e ótima para quem surfa ou pratica outro esporte derivado do surfe, como Kitesurfe. Nesta região é também preciso atenção com possíveis ataques de tubarões. Muizenberg é um dos cartões postais da África do Sul, famosa pelas casinhas coloridas que ficam na praia.

Continuando o tour, chegamos a Stellenbosch, uma cidade universitária. A Universidade de Stellenbosch é uma das únicas no mundo a ofertar cursos de graduação em Vinho.

À noite, fomos ao restaurante Cubana, que também tem sede em Cape Town, bastante famoso por aqui.

Algumas curiosidades que fiquei sabendo hoje: mais de 50% da população sul-africana é islâmica; muitos bares, como o Cubana, por exemplo, permitem que as pessoas fumem dentro do estabelecimento. Vi muitas pessoas fumando narguilé e charuto; as alemãs que estão no tour comigo disseram quem pagam cerca de €1200 pela passagem até a África do Sul; como forma de tentar integrar a população multicultural e racial na África do Sul, o governo obriga que, a cada dez empregados, cinco sejam negros.

18/04/13

Hoje tive um dia fantástico, acho que nunca mais vou esquecer!

Saí da acomodação às 8h e fui tomar café no Primi Piatti, o restaurante com que a IH tem parceria e para o qual nos da um voucher para tomar café da manhã. O pessoal do restaurante oferece um cardápio especial para quem é da IH: são torradas com geléia, omeletes, croissaints, sucos, café e chás. Lá é um lugar bem legal com bom atendimento e boa comida. O voucher é de R25, e eu gastei R45 (1U$ é aproximadamente R9). Só para esclarecer: R = Rand, a moeda sul-africana.

Depois disso, às 8h30, fui à escola (que fica a 5 minutos da acomodação) e conheci todos do ‘staff’. Quem me recebeu foi o Gavin, o diretor. Ele foi muito simpático e conversou bastante comigo, me mostrou a escola, falou sobre os projetos, voluntariados, etc…

Vou tirar fotos da escola na segunda, mas adianto que me surpreendi, é um prédio com uma vista linda para a praia, bem organizado, limpo, bonito! No máximo, ficam 12 alunos por sala. Vi pessoas de várias nacionalidades e não ouvi ninguém falando em português.

Depois disso, o Tobby, diretor dos projetos de voluntariado do You2Africa me buscou na escola e fomos visitar alguns projetos.

O primeiro foi uma escola do governo para crianças carentes. Como nem todos os africanos falam inglês, o trabalho dos voluntários é ensinar as crianças com mais dificuldade na língua. Eles são muito organizados, cuidam muito do progresso das crianças com anotações em fichas, etc… O Tobby me contou que essas crianças vivem fora de Cape Town e precisam pegar trem para ir e voltar para a escola, que fica na região universitária de Cape Town, e eles fazem isso sozinhos (crianças de 10 e 11 anos). A  responsável da escola disse que, mais do que ter um bom inglês, o importante é que o voluntário seja comprometido. Uma coisa legal que o Gavin me falou é que o voluntário pode fazer dois projetos ao mesmo tempo, como, por exemplo, ensinar inglês a estas crianças pela manhã e trabalhar no orfanato à tarde.

Depois, fomos a um orfanato onde o trabalho dos voluntários, como vocês podem imaginar, é: cuidar das crianças. Também achei tudo muito bem organizado, eles dividem as crianças por idade, então o voluntário pode escolher se prefere trabalhar com bebês ou crianças de 3 a 6 anos, por exemplo. As crianças, apesar de super carentes (não paravam de me abraçar) pareciam bem felizes e saudáveis. O lugar é bem bonitinho e só tinham voluntários da Europa trabalhando (100% mulheres). Esse é um ponto de destaque, pois é uma ótima maneira de praticar o idioma e conhecer pessoas de outras culturas. A maioria vem para ficar uns meses, pois uma das coisas que o Gavin comentou é que os europeus precisam colocar no currículo que já fizeram este tipo de trabalho, então para eles também é um certo investimento.

Conheci o African Heart, ‘casa de estudantes’ onde ficam os voluntários. Esse lugar é na verdade um hostel! Bem bonitinho e arrumado, achei apenas os quartos bem bagunçados (mas isso é culpa dos hóspedes), pois as áreas comuns são ótimas, apesar de simples (como todo hostel). Os voluntários ficam em um quarto especifico que é divido por 6 pessoas, onde eu conheci uma brasileira. A Carolina, essa brasileira, está fazendo um projeto em um hospital e disse que está amando! A princípio ela iria ficar apenas 4 semanas, mas resolveu estender para 3 meses (ela vai continuar com o projeto, mas na realidade começou a namorar um irlandês que joga rugby na África do Sul).

Todos os dias o motorista da You2Africa passa no hostel para levá-la até o projeto e depois a busca e devolve no hostel. Ela disse que a comida que eles oferecem também é boa, que fez um teste para avaliarem o inglês dela antes de ingressar no projeto e que passou sem problemas.

O próximo projeto que visitei foi o hospital para crianças; também é, dentro do possível, um lugar bonito, organizado e com pessoas bem atenciosas trabalhando lá (a maioria sul africanas mesmo). Além da Carolina, brasileira, vi um espanhol fazendo o voluntariado lá. O trabalho consiste basicamente em cuidar das crianças e ajudar as enfermeiras. Perguntei ao Tobby se, caso tivéssemos algum médico ou enfermeira interessado em fazer um trabalho voluntário ou estágio lá, se seria possível. Ele disse que seria perfeito.

Fomos almoçar junto com o motorista da You2Africa, um senhor de 79 anos (que aparenta 60), muito tranquilo, educado, gentil… Uma pessoa maravilhosa! O motorista fica amigo dos voluntários (já que acaba os vendo duas vezes por dia, todos os dias), ele é como um pai/avô para o pessoal.

Comemos em restaurante a céu aberto, nem um pouco turístico. Então experimentei a Vegetable Saloma, tradicional aqui na África do Sul. Estou levando cardápio dos lugares para mostrarmos os preços para estudantes interessados, é muito barato mesmo!

O último projeto que visitei foi o de crianças com deficiência que andam a cavalo. É em um estábulo que fica em uma das partes mais ricas da cidade, um lugar lindo, ao pé da montanha! Lá conheci duas meninas voluntárias da Alemanha e Suíça. Estavam bem felizes e adorando o trabalho, que consiste em cuidar dos cavalos e passear com eles (e com as crianças). As crianças fazem esse tipo de tratamento para tentar andar melhor e também para tratarem problemas na coluna. Presenciei uma aula particular e foi muito legal, é um projeto maravilhoso. Os voluntários moram lá mesmo, como se fosse uma fazenda. A treinadora oficial dos cavalos participou da última paraolimpíada em Londres. Eles são muito profissionais.

O Tobby me disse que há mais de 50 projetos e que recebem anualmente em torno de 600 estudantes por ano. Os brasileiros, que não são a maioria, preferem os meses de janeiro e fevereiro. Já os europeus preferem junho e julho. Ele me disse também que tenta visitar todos os voluntários a cada duas semanas para ver se está tudo bem (notei que ele é uma pessoa querida por todos, bem amigo dos voluntários e das pessoas que estão envolvidas no projeto).

Quando voltei para a escola, às 15h30, o Gavin me perguntou se eu estaria disponível amanhã e no final de semana, porque ele reservou um passeio de três dias por muitos lugares! Então vou viajar até domingo (21/abr) visitando muitos lugares (uhuuuul!)…

Fui atrás de um adaptador para a tomada, pois é diferente aqui. Vou tirar uma foto para todos saberem como é. E fui ao mercado também. Aqui tem Woolworths, sabem? Um mercado excelente com varias coisas orgânicas e fresquinhas! Comprei um monte de coisas e gastei U$14.

Depois dei uma volta pela Beach Front e me senti em Copacabana! Hehehe! É bem parecido com o Rio e com Floripa mesmo… Lindo!

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